Contacto
O autor pode ser contactado na primeira lua cheia do solstício de inverno.
Pegue-se num balde de tinta azul (é muito importante que seja azul!), uma sanduíche de atum e um martelinho de S. João. Dever-se-á depois deslocar ao cume mais alto da montanha mais baixa das redondezas, levando um agasalho para o potencial frio.
Ao alcançar o cume mais alto da montanha mais baixa das redondezas, dever-se-á pegar no balde de tinta azul (não posso deixar de voltar a sublinhar a importância da cor: azul!), e atirá-lo por cima do pinheiro mais próximo, garantindo que se derrama sobre o pinheiro uma quantidade razoável de tinta. Deve-se, depois, trepar o pinheiro até o ponto mais alto onde houver tinta.
Tendo feito tudo isto, deve-se pensar em tudo aquilo que foi feito até agora. Observando a grandeza do feito, o pensador deverá aperceber-se de que não precisa de contactar o autor para dar sentido à sua vida (a do pensador, leia-se), que é o que realmente importa.
Pode-se depois aproveitar para degustar a sanduíche de atum e guardar o martelinho de S. João para o próximo ano.